Desencarnar
Deixar o corpo à deriva
Num oceano intermitente
Desancorar
A consciência do presente
Ser habitado pelo torpor
Dos vagam sem se possuir
Possuídos pelas ondas
Que quebram
Deságuam
Desatam o ser
Desencarnar
Deixar o corpo à deriva
Num oceano intermitente
Desgovernar
A consciência do presente
Ser habitado pelo torpor
Dos vagam sem se possuir
Possuídos pelas ondas
Que quebram
Deságuam
Desatam o ser
Ver nascer e morrer os sentidos
Repartir a existência em três
Ver jorrando dos olhos o espírito
Que dança
Que voa
Flutua
E não quer voltar
E não quer voltar
E não quer voltar